Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, mas seres espirituais tendo uma experiência humana. (filosofia do povo da Índia)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Manolete - tourear ou viver como expor-se


Atenção! CONTEÚDO CHOCANTE.
Sou vegetariano-vegano, não mato nem barata, mas isso (tourada) está no meu sangue, não sei por que... Arte sem igual! Manolete morreu em 29 de agosto de 1947, depois de ser chifrado pelo touro ISLERO, não por causa da chifrada, mas porque não foi bem atendido pelos médicos (dizem que a mando de Francisco Franco, que não suportava sua popularidade), e sangrou até a morte. Virou lenda. Os ibéricos costumam dizer, sobre alguém de quem não gostam ou fez alguma merda pública: "Foi ele que matou Manolete".

OBS.: Naquele tempo, os touros, não eram "preparados" como hoje, para servir ao espetáculo turístico. Naquele tempo ainda havia resquícios de um ritual verdadeiro. Hoje, virou só massacre e exibição, e como tal já foi proibido na Catalunha.

Nunca assisti a uma tourada, mas vejo todos os vídeos que posso. Hoje o público sorri e aplaude, como se estivesse num circo de soleil. Mas a tourada não era isso. O público entrava em êxtase. E, por incrível que pareça, havia respeito pelo touro.

Poema de João Cabral de Melo Neto
do livro: "Do Sertão a Sevilha" - seleção de textos de Maura Sardinha

Tourear, ou viver como expor-se;
expor a vida à louca foice

que se faz roçar pela faixa
estreita de vida, ofertada

ao touro; essa estreita cintura
que é onde o matador a sua

expõe ao touro, reduzindo
todo seu corpo ao que é seu cinto,

e nesse cinto toda a vida
que expõe ao touro, oferecida

para que a rompa; com o frio
ar de quem não está sobre um fio.


Para livrar meu lado, posto um vídeo em homenagem ao touro que o chifrou, o miúra "Islero"


E um filme sobre el día de su muerte:


Toros, flamenco y sus misterios: "Manolete", pelo balé May del Pilar:


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