sábado, 14 de janeiro de 2012
Nudez
Nudez
Enquanto perdia esquinas
Atravessando as ruas como antigamente
Era como se você estivesse ao meu lado
Numa loja, ouvi música
Enquanto você
Experimentava perfumes
Saímos e estava chovendo
e era tarde
Não tinha pressa:
Enquanto a chuva desmanchava tua pintura
Observei tua nudez
E me senti lindo
(de Duda Miranda)
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Estrelas - Murilo Mendes
Estrelas
Há estrelas brancas, azuis, verdes, vermelhas.
Há estrelas-peixe, estrelas-pianos, estrelas-meninas,
estrelas-voadoras, estrelas-flores, estrelas-sabiás.
Há estrelas que vêem, outras que ouvem,
Outras surdas e outras cegas.
Há muito mais estrelas que máquinas, burgueses e operários.
Quase que só há estrelas.
Murilo Mendes
[ Os quatro elementos, 1935 ]
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Biografia Lendária do Satguru Kabir (Parte 4)
Biografia Lendária do Satguru Kabir (Parte 4)
por duda miranda
A Cerimônia do Nome
Quando Neeru e Neema levram a criança para casa, muitas pessoas vieram vê-la. Sua beleza encantava a todos. Qualquer um que a visse sentia-se atraído por ela. Algumas mulheres questionaram sobre sua casta e religião. Neeru e Neema responderam que haviam encontrado o bebê deitado numa flor de lótus no lago Lahartara, e não sabiam nada sobre sua casta e religião. Então eles começaram a preparar a Cerimônia para dar um nome à criança. Convidaram pandits (doutores em teologia hindú) e qazis (juízes judeus) para que escolhessem um nome para ela. O bebê havia sido visto nas primeiras horas da manhã, o que era considerado muito auspicioso. Os teólogos hindús puseram-se a pensar em um nome adequado. Enquanto isso, os juízes islâmicos abriram o Corão e deram com o nome "Kabir", que significa "O Grande". Os juízes islâmicos abriram o Corão novamente, e outra e outra vez, e, para seu espanto, o mesmo nome aparecia a cada vez que o livro era aberto. Para afastar a dúvida de todos os doutores, a própria criança falou, numa voz simples:
- Vocês não precisam se preocupar com meu nome. Eu já me dei o nome de Kabir, e por esse nome eu serei conhecido neste mundo.
(Conitnua...)
fonte principal: The Kabir Association of Canada
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Biografia do Satguru Kabir - Parte 3
Biografia do Satguru Kabir - Parte 3
(por duda miranda)
Kabir é adotado por Neeru e Neema
Enquanto Ashtanand anunciava o aparecimento da criança ao Swami Ramanda, um casal recém-casado, Neeru e Neema, chegou ao lago Lahartara. Neema disse ao esposo que queria lavar as mãos e o rosto. "Vá", disse ele. E quando Neema estava se lavando, ouviu um choro. Ela procurou saber de onde vinha aquele som, e ficou encantada ao ver aquela criança deitada na flor de lótus. O rosto do menino parecia emitir uma luz divina. Neema chamou seu esposo, e ele também se encantou com o bebê. Ansiosa por pegar o menino nos braços, Neema entrou na água e o recolheu em seu peito, e de repente ela estava sorrindo como nunca havia sorrido. Neeru olhou em volta, para ver se os pais da criança estavam por perto, gritou chamando, mas ninguém respondeu. Então considerou que a criança havia sido abandonada. Neeru não queria, mas Neema o convenceu a levarem a criança para casa. E assim eles se tornaram os pais do bebê que mais tarde seria venerado como o "Satguru Kabir. É uma lenda, mas historicamente se sabe que Kabir nasceu hindú, e foi criado por uma família muçulmana, que lhe ensinou o ofício de tecelão.
(continua...)
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Biografia do Satguru Kabir - Parte 2
Biografia do Satguru Kabir - Parte 2
(por duda miranda)
O nascimento de Kabir
Um santo vem ao mundo para mostrar o caminho certo para as pessoas que perderam a visão correta ou o correto senso de direção na vida. Na Índia, o século XV foi um período em que pessoas de diferentes crenças lutavam umas contra as outras. As maiores religiões se atacavam. Brâmanes (sacerdotes hindús) e mullahs (sacerdotes islâmicos) se atacavam. Havia cerca de três mil castas para diferenciar os homens. A inveja e o ódio envolviam os homens e devastavam a Índia como um ciclone. Era um período de fanatismo religioso, intolerância e declínio dos valores sociais, morais e espirituais. As pessoas tinham orgulho de seus dogmas e rituais religiosos e desprezavam os das outras religiões. Os governantes eram tiranos. Havia desiguladade entre a população. Foi nesse tempo que Kabir nasceu.
Há uma lenda sobre seu nascimento. Numa segunda-feira de lua cheia do mês de junho de 1398, antes do amanhecer, o Swami (asceta, yogui) Ashtanand estava meditando na margem do lago Lahartara, perto da cidade de Varanasi. Ele viu uma luz brilhando sobre um lótus na beira do lago. A luz tomou a forma de um bebê. Ashtanand ficou espantado. Não podia acreditar em coisa tão esquisita, não ssabia dizer se era uma ilusão ou um milagre de Deus. Ele interrompeu a meditação e foi procurar seu guru, Swami Ramand (futuro guru de Kabir), para lhe contar sobre o estranho acontecimento.
(continua...)
fonte principal: Kabir Association of Canada
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Biografia Lendária do Satguru Kabir ( Parte 1)
Biografia Lendária do Satguru Kabir ( Parte 1)
(por duda miranda)
Introdução
Na tradição dos homens santos da Índia, Satguru kabir Saheb ocupa alta posição. Para muitos ele é a Suprema Encarnação do Conhecimento Espiritual. Ele é aceito como o fundador do Sant Mat (meditação na luz e no som interiores), do Surat Shabd Yoga (união da alma com a corrente da vida) e como pai da literatura escrita em Hindi (uma das línguas oficiais da Índia). Suas mensagens espirituais foram e são seguidas por muitos outros homens santos. Kabir Saheb é um símbolo da imparcialidade. Para a elevação espiritual de todos, ele fez seus discursos em linguagem muito simples. Falou sobre os mais diversos aspectos da vida. Ele costumava dizer que não era nem inimigo nem amigo de ninguém, mas que queria a felicidade de todos. Ele pregou que todos os seres (atman) são partes do Divino (paramatman), e devem viver em paz, felicidade e harmonia, sem separação de castas e religiões. Ele traduziu a essência das escrituras sagradas em simples Sakhis (ditados compostos por dois versos). Seus versos são vistos como profundas verdades espirituais.
Afirma-se que diversos incidentes miraculosos aconteceram à sua volta. Esta biografia narra esses incidentes. A mensagem de tais incidentes sobrenaturais é a importância da devoção, do amor, da pureza e da humildade na nossa vida.
(continua...)
fonte principal: The Kabir Association of Canada
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Omulu, Omulu
Se você deixar, e batalhar, Omulu te cura |
se Omulu falasse
me diria assim:
morre logo, eduardo
porque a vida tem fim
morrer é o melhor
que se pode fazer
qualquer coisa é morrer
construir é morrer
respirar é morrer
pensar é morrer
educar é morrer
aleitar é morrer
sofrimento é morrer
desejar é morrer
ajudar é morrer
querer é morrer
morre logo, eduardo
não espera mais nada
morre de uma vez
morre sem falar
morre sem querer
morre agora e já
deixe-se acabar
morrer é melhor
que viver por viver
morre e pronto, e daí?
que diferença isso faz?
e se alguém vai chorar
e se alguém vai sofrer
vai morrer, e daí?
não fala mais nada
esquece as ideias
esquece a ciência
sua engenharia
joga fora o futuro
olha seus filhos
pela última vez
compreende, eduardo
que você vai morrer
você quer ser feliz
deixa o mar te levar
não insista em viver
em saber pra onde vai
você existe, eduardo
e você vai morrer
morre agora, é melhor
morre por querer
morre pra entender
que a vida existe, eduardo
e ninguém vai morrer
se você não existisse
não podia morrer
e jamais buscaria
entender o porquê
duda, gramaticalmente incorreto, como sempre
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Manolete - tourear ou viver como expor-se
Atenção! CONTEÚDO CHOCANTE.
Sou vegetariano-vegano, não mato nem barata, mas isso (tourada) está no meu sangue, não sei por que... Arte sem igual! Manolete morreu em 29 de agosto de 1947, depois de ser chifrado pelo touro ISLERO, não por causa da chifrada, mas porque não foi bem atendido pelos médicos (dizem que a mando de Francisco Franco, que não suportava sua popularidade), e sangrou até a morte. Virou lenda. Os ibéricos costumam dizer, sobre alguém de quem não gostam ou fez alguma merda pública: "Foi ele que matou Manolete".
OBS.: Naquele tempo, os touros, não eram "preparados" como hoje, para servir ao espetáculo turístico. Naquele tempo ainda havia resquícios de um ritual verdadeiro. Hoje, virou só massacre e exibição, e como tal já foi proibido na Catalunha.
Nunca assisti a uma tourada, mas vejo todos os vídeos que posso. Hoje o público sorri e aplaude, como se estivesse num circo de soleil. Mas a tourada não era isso. O público entrava em êxtase. E, por incrível que pareça, havia respeito pelo touro.
Poema de João Cabral de Melo Neto
do livro: "Do Sertão a Sevilha" - seleção de textos de Maura SardinhaTourear, ou viver como expor-se;
expor a vida à louca foice
que se faz roçar pela faixa
estreita de vida, ofertada
ao touro; essa estreita cintura
que é onde o matador a sua
expõe ao touro, reduzindo
todo seu corpo ao que é seu cinto,
e nesse cinto toda a vida
que expõe ao touro, oferecida
para que a rompa; com o frio
ar de quem não está sobre um fio.
E um filme sobre el día de su muerte:
Toros, flamenco y sus misterios: "Manolete", pelo balé May del Pilar:
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Carne de Vitela - Esqueça (vídeo)
Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne se mantenha macia. "Baby beef", é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados. O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras. Veja como é obtido esse "produto":
Assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso - alimentação que consiste de substituto do leite materno. Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que não morra até o abate. A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material. Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral.
Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso. A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente. Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede. Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravam em desespero, criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido.
Uma solução foi encontrada pelos produtores: a ausência de luz; a manutenção dos animais em completa escuridão durante 22 horas do dia, acendendo-se a luz somente nos momentos de manutenção do estábulo. No processo de confinamento, os filhotes ficam completamente imobilizados, podendo apenas mexer a cabeça para comer e agachar, sem poderem sequer se deitar.
Os bezerros são abatidos com mais ou menos 4 meses de vida - de uma vida de reclusão e sofrimento, sem nunca terem conhecido a luz do sol. E as pessoas comem e apreciam esse tipo de carne sem terem ideia de como é produzida. A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo. Se souber o que está comendo, a sociedade que já não mais tolera violências vai mudar seus hábitos. Podemos evitar todo esse sofrimento não comendo carne de vitela ou "baby beef" e repudiando os restaurantes que a servem. O consumidor tem força e deve usar esse poder.
Fonte: www.institutoninarosa.org.br
Cães cobaias veem o sol pela primeira vez (vídeo)
Usados para testes laboratoriais de cosméticos, 72 cães viveram toda a sua vida fechados numa jaula. Agora, com a falência da empresa, foram libertados e viram a luz do sol pela primeira vez.
A empresa espanhola, tal como muitas outras, usava os animais para se certificar que os seus produtos podiam ser comercializados. Tratados como meros objectos, os cães de raça beagle eram mantidos em jaulas individuais e identificados por números, tatuados na sua pele.
A falência súbita da empresa permitu a uma sociedade de protecção dos animais resgatar os animais.
“Eles viviam em jaulas individuais, em grupos de 10 por cada sala sem nunca interagirem uns com os outros”, revela Gary Smith, o porta-voz do grupo de resgate.
O seu primeiro momento de liberdade foi registado em vídeo. Os cães, visivelmente receosos, estranham até a própria relva. O emocionante momento serviu também para garantir um lar aos animais, que serão entregues para adopção.
“Os beagles são cães de companhia muito dóceis. Mas esse é também o motivo pelo qual são ideais para os testes de laboratório”, explica Smith.
Os cachorros foram libertados depois que a fundadora do Projeto Liberdade para os Beagles, Shannon Keith, viu as mensagens colocadas no Facebook por um funcionário do laboratório e por um ativista espanhol que havia sido contatado por ele.
"Eles diziam que o laboratório iria fechar e que mataria os cães se ninguém se comprometesse a cuidar deles. Eu entrei em contato e disse: 'Nós nos comprometemos'", contou Keith à "BBC Brasil". O projeto é parte da ONG americana Educação da Mídia para o Resgate de Animais (ARME, na sigla em inglês).
O resgate aconteceu há cerca de uma semana em Barcelona, mas somente nesta quarta-feira 40 dos cachorros chegaram a Los Angeles, onde fica a sede do projeto. Outros sete beagles foram adotados na Espanha e o destino dos outros 25 cães é desconhecido.
"O laboratório parou de se comunicar conosco desde que os beagles foram libertados, e não sabemos o que eles fizeram com uma parte (dos cachorros). Só recebemos 40", disse Keith.
Os animais, que têm entre 4 e 7 anos, viviam em jaulas individuais, agrupadas em quartos com 10 jaulas. Eles não tinham nenhum contato físico entre si. De acordo com Shannon Keith, é possível que eles estivessem participando de testes para o desenvolvimento de remédios ou cosméticos para humanos.
"Veterinários que examinaram os beagles encontraram vestígios de injeções de hormônios masculinos e de outras toxinas. Alguns deles têm tumores no estômago e a maioria tinha os dentes muito estragados. Tivemos que fazer um tratamento dentário em cada um deles."
Beagles costumam ser usados para testes na indústria farmacêutica por causa de sua natureza dócil. O Projeto Liberdade para os Beagles deu início a uma campanha pela adoção definitiva dos animais, que estão em famílias adotivas temporárias.
Fontes:
http://www.sabado.pt//
http://noticias.uol.com.br/
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